Em 2014, com a Copa do Mundo acontecendo no Brasil, eu trabalhava no setor de Comunicação do Flamengo. Diante da má fase do time, o departamento ficou de mãos atadas para aproveitar a passagem dos maiores craques do mundo pelo país, mas consegui achar uma forma de aproveitar.

Com a ajuda da adidas, conseguimos quatro camisas do Flamengo. Levei as quatro em "missão surpresa" para o hotel da delegação da Alemanha, que jogaria no Rio de Janeiro contra a França pelas quartas de final. Os alemães se inspiraram na camisa do Fla no desenho de seu uniforme alternativo para a competição e a associação foi imediata. Os presentes foram entregues em mãos para o atacante Lukas Podolski, conhecido por seu carisma. O então camisa 10 também levou Mantos para Schweinsteiger, Klose e Müller.

Mesmo sem associação oficial do clube, a ação foi um sucesso. Podolski voltou a vestir a camisa nas horas vagas e, campeão do mundo, posou vestindo o Manto e segurando a Taça - a primeira vez na história que um jogador posou com o troféu da Copa e a camisa do Flamengo. O clube foi capa de jornais no Brasil e na Alemanha, sendo associado a algo positivo mesmo com o time em má fase no Campeonato Brasileiro. O retorno em mídia para o clube e seus patrocinadores foi incalculável.

A relação poderia acabar com o fim da Copa do Mundo, mas não foi assim. Mantive contato com pessoas próximas ao jogador, que à época atuava no Arsenal-ING. Continuamos o contato com Podolski. O alemão foi usado como influenciador digital em 2016 e 2017, colaborando com o lançamento de novas edições da camisa do Flamengo. Com alta penetração com públicos em países como Alemanha, Inglaterra, Turquia e Japão (locais onde jogou) - além do carinho dos torcedores brasileiros -, a associação com o craque ajudou na internacionalização da marca do Rubro-Negro.

Fui responsável por intermediar os contatos e atender às demandas e exigências do jogador e seu staff - incluindo a confecção e logística de envio de camisas personalizadas do Flamengo para a Alemanha.